Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (09), na entrada do Complexo Ford em Camaçari, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Júlio Bonfim, garantiu a volta do terceiro turno, para o dia 15 de fevereiro do próximo ano. Na ocasião, Júlio informou também o fim do Lay-Off, em dezembro deste ano, para cerca de 80 trabalhadores das empresas de autopeças, e de TODOS os 415 trabalhadores do Complexo no dia 16 de janeiro do próximo ano. Outros direitos também foram garantidos pelo sindicato e CTB, após meses de negociação com a empresa.
O ato discutiu a luta que o sindicato vem travando ao longo de quase oito meses para defender os direitos dos trabalhadores da montadora em Camaçari. “Nenhum outro sindicato do Brasil alcançou tantas conquistas, como garantia de empregos, reajuste de salários e benefícios. Somos a única montadora do país que, mesmo diante da crise econômica, não demitiu em massa”, comentou Júlio.
Na assembleia, o presidente abriu votação com os trabalhadores que aprovaram, por unanimidade, os benefícios acordados entre a instituição e a empresa para os anos de 2017 e 2018. São eles:
•Data base: INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + 0,5% de aumento real;
•PLR: Em 2017 INPC e em 2018 INPC + 1% de aumento real;
•Abono 2017 R$ 3.600,00 reajustado pelo INPC, e em 2018, repete o mesmo valor pago de 2017;
•Reajuste do ticket alimentação: INPC + 1% de aumento real;
•Retorno da jornada de trabalho para 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira; E Manutenção passa para jornada 6X2 6X3;
•Somente até dezembro de 2017 adicional noturno passa para 37.14%, as horas cheias para hora reduzida 52.30 minutos, o acordo de 37.14% não será renovado. Volta em janeiro de 2018 para 44.29%;
•Garantia da Ford de contratação de 70% dos trabalhadores desligados pela Visteon, que vai encerrar suas atividades em dezembro deste ano. Antes, vai abrir PDV (Plano de Demissão Voluntária). Com isso, os trabalhadores irão começar suas atividades na Ford em 16 de janeiro de 2017;
Júlio Bonfim atribuiu todas as conquistas à luta persistente do sindicato que, mesmo diante da crise econômica que o país atravessa, tem garantido os direitos dos trabalhadores. “Fechar tamanho acordo em um momento como esse é, praticamente, um milagre”, concluiu.