Familiares de ex-dançarino morto em casa de shows fazem protesto na BA

Familiares de Ex dançarino morto em protesto.
A casa de shows Coliseu do Forró continua funcionando normalmente.



   Familiares e amigos do ex-dançarino Marcelo Tosta, que foi morto dentro do Coliseu do Forró, fizeram um protesto em frente à casa de shows, que fica no bairro de Patamares, em Salvador. A manifestação pacífica começou por volta das 8h deste sábado (7). Com cartazes e camisas com a foto de Marcelo Tosta, o grupo fez uma oração em frente ao Coliseu do Forró e pediu justiça.







“A casa de shows Coliseu do Forró continua funcionando normalmente. A casa não tem câmeras, o alvará de funcionamento é irregular, continua o povo entrando armado. Mesmo no dia seguinte ao crime a casa funcionou. Nós viemos aqui para a porta da casa de shows para alertar sobre isso. Até quando? A gente não tem uma resposta sobre isso. Não queremos prejudicar o empresário da casa, mas queremos que a segurança melhore”, disse Alessandro Portugal, amigo da vítima.

Em contato com a assessoria do Coliseu do Forró, que ficou de se posicionar sobre os questionamentos de um dos manifestantes. O segundo suspeito do crime, que também é guarda municipal e teria sido o autor dos disparos que matou Marcelo Tosta, continua foragido até a manhã deste sábado. A manifestação na porta do Coliseu do Forró foi encerrada por volta das 9h40.



Prisão


O guarda municipal Naílton Adorno do Espírito Santo, suspeito de ser coautor do homicídio do ex-dançarino, Marcelo Tosta dos Santos, de 36 anos, foi transferido para o Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (5).

Ele estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) porque foi baleado na perna durante a confusão no Coliseu do Forró, casa de shows onde o crime foi cometido.

Antes de ser levado ao complexo penitenciário, uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) acompanhou o suspeito para a realização do exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O guarda já estava com a prisão preventiva decretada desde o dia seis de dezembro, mas seguiu internado no HGE até receber alta da unidade médica. O outro guarda municipal envolvido no crime, suspeito de atirar na vítima, segue foragido. A Polícia Civil já expediu um mandado de prisão contra Ricardo Luiz Silva da Fonseca, 36 anos.








Sofrimento


Pouco mais de um meses após a morte do ex-dançarino Marcelo Tosta Santos, de 36 anos, morto durante uma festa da banda A Vingadora, na casa de shows Coliseu, na orla de Salvador, a família da vítima lamenta a demora para solução do caso e sofre com a impunidade dos suspeitos de participarem do crime.

“Até quando a gente vai viver nessa angústia? Minha mãe está dopada por remédios, meu pai da mesma forma. A nossa vida parou. É uma dor monstruosa, uma dor que não passa”, desabafou Bianca Tosta, irmã do ex-dançarino.

A irmã da vítima lamenta a participação dos guardas no crime, e questiona a atuação da guarda civil. “Até aonde eu sei, a Guarda Municipal está para proteger o patrimônio e não para tirar a nossa vida”, disse Bianca Tosta.

A Guarda Municipal informou que espera uma conclusão do inquérito aberto pela Polícia Civil sobre a morte do ex-dançarino para então abrir o processo administrativo que pode decidir pelo afastamento dos servidores.


























@ 07/01/2017 | FONTE |

Compartilhar no Google Plus