Rui dá indireta para Moro: “Os juízes estão preocupados com aplausos no shopping?”

RUI COSTA LENDO REVISTA TERRA MÃE
O governador fez um comparativo da postura de profissionais do judiciário do Brasil, em relação a outros, de “democracias mais maduras”


   Durante o lançamento da Revista Mãe Terra, na tarde desta quinta-feira (22), na Concha Acústica do TCA, o Governador Rui Costa destacou as principais ações realizadas por sua gestão no ano de 2016, enfatizando a importância das secretarias para alcançar os objetivos propostos. Entre os avanços, todos catalogados na revista, está a criação de 500 leitos hospitalares no estado.








Durante o evento, o governador aproveitou para criticar o cenário político que o país enfrenta. Primeiramente, Rui fez questão de explicar à imprensa que sua aproximação com o presidente Michel Temer, nos últimos meses não significa que ele esteja apoiando a gestão realizada por Temer: “Eu me sinto como se estivesse em uma partida de futebol, como se eu fosse jogador do Bahia, e o juiz tivesse marcado um pênalti irregular contra meu time. Ou eu me reúno para tentar resolver, ou fico reclamando com o juiz durante toda a partida”.


“Sou contra, acho que o que foi feito no Brasil foi uma grande agressão, violência absurda, segunda grande violência à democracia brasileira, a primeira em 1964 e a segunda em 2016. Mas eu não posso ficar reclamando. Tivemos umas quatro reuniões nos últimos meses [com o presidente], os últimos resultados foram importantes”, o governador destacou entre as pautas, o envio de verbas para o Nordeste.


Além disso, Rui criticou ainda a falta de estrutura nos setores judiciários do país: “A crise econômica só será solucionada quando resolver a crise política e institucional. Enquanto não organizarmos essas instituições, cada um voltar e sentar na sua cadeira, porque cada um levantou e revolveu fazer aquilo que não é a sua responsabilidade […] Quando os personagens institucionais voltarem a ser reconhecidos publicamente, no local ao qual pertencem, ai começamos a organizar as coisas.”


O governador deixou claro que desaprova a postura de alguns juízes e promotores que estão inseridos no processo, deixando subtendido que o juiz Sérgio Moro, enfrenta uma linha ténue entre a vaidade e a realização dentro do que a lei lhe permite. “A reforma política é um processo que também tem que mandar para as instituições jurídicas. Quais são as sociedades mais maduras? Constituições mais sólidas? Como é que funciona suas instituições? Todos devemos fazer essas reflexões. Nessas democracias, os juízes e promotores estão preocupados com aplausos no seu caminhar no shopping, ou estão preocupados com suas consciências, em ter respeito à constituição? Esses juízes fazem questão de ser reconhecidos nas ruas? Ou eles fazem o trabalho com a eficiência da lei? O país está de cabeça para baixo. Precisamos colocar os interesses da população em primeiro lugar”.


Rui Costa disse ainda que neste final de ano o recurso federal não entrou, e que inevitavelmente está havendo redução em todas as áreas, e que o Governo Estadual, consequentemente, precisa espremer para manter os setores funcionando.













@ 24/12/2016 | FONTE |

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