Doença misteriosa faz venda de peixe cair na Bahia

mercado de peixes
Com viagem marcada para Itacimirim, no litoral da Bahia, a administradora de empresas Claúdia Magalhães, 55 anos, optou por comprar bacalhau


   Os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) sobre o aumento de pessoas infectadas pela doença, que tem como causa suspeita o consumo de pescado, tem impactado de maneira negativa as vendas dos comerciantes do segmento.








Vendedor no tradicional Mercado do Peixe da Feira de Águas de Meninos, na Cidade Baixa, há mais de quarenta anos, Manoel Santos, 69 anos , popularmente conhecido como “Maneca do peixe” fica preocupado com as notícias sobre o assunto.


“Peixe não faz mal a ninguém”, criticou, enquanto apontava para as mercadorias armazenadas numa caixa de isopor. Ele conta que vendia, em média, 40kg de peixes por dia, entretanto, depois da notícia de que a doença pode ter origem no consumo de 'olho de boi' e 'badejo', peixes de água salgada, há dois dias sente a queda nas vendas. “Só vendi até agora um kg de lula”, lamentou o peixeiro, que rejeita a ideia de que o peixe pode ser o causador da doença.


No início da manhã da terça-feira, 20, o mercado de Água de Meninos era abastecido pelos atacadistas, que fornecem peixes de diversos lugares do país, a exemplo, de Itajaí, no Rio Grande do Sul, Belém e Ceará. Para o vendedor Raimundos Santos, 46 anos, que acompanhava a movimentação, o que tem afastado os clientes do local é a falta de informação.


O comerciante acredita que não é o peixe que causa doença e, sim, a forma como é preparado. “Às vezes, as pessoas deixam o peixe sem refrigeração ou perto de algum local contaminado. Coisas assim mostram que a doença pode ser causada por outros motivos”.





Clientes


No mercado do Rio Vermelho (antiga Ceasinha), os clientes podem escolher diversas opções de peixe. Com viagem marcada para Itacimirim, no litoral da Bahia, a administradora de empresas Claúdia Magalhães, 55 anos, optou por comprar bacalhau.


Ela comentou estar sabendo das notícias a respeito do assunto. “ Não vou consumir “badejo” nem “olho de boi” durante a viagem”, disse. O funcionário público Natan Brito, 58 anos, foi ao mercado comprar peixe para comer na ceia natalina.


Apreciador dos peixes “vermelho” e “robalo”, Brito diz que vai continuar comprando o pescado. “Mas vou evitar o “olho de boi”, diz.


O sócio-proprietário da Peixaria Azul do Mar, Bruno Amaral, 28, informou que a queda nas vendas acontece há uma semana. “É importante que os clientes saibam que o problema não está nos peixes”, alertou. O comerciante também acredita que os peixes são contaminados por causa de armazenamento inadequado.














@ 21/12/2016 | FONTE |

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