Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia, Itália e Estados Unidos relataram casos de Sars-Cov-2 nos animais.
Visons são vistos em gaiolas em fazenda em Næstved, no centro-oeste da Dinamarca, nesta sexta-feira (6). |
"Até o momento, seis países, a saber, Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia, Itália e Estados Unidos relataram casos de Sars-CoV-2 em criações de visons à Organização Mundial de Saúde Animal"
, disse a OMS em um comunicado.
O anúncio foi feito após a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciar na quarta-feira (4) o sacrifício de 17 milhões de visons do país.
O motivo é que foi identificada uma mutação do Sars-Cov-2 nestes animais, que acabaram infectando 12 pessoas. A ideia é interromper o ciclo de infecção desta mutação e garantir a segurança de uma futura vacina contra a doença.
Essa mutação foi identificada em cinco fazendas diferentes. Os 12 casos de transmissão em humanos do vírus que sofreu mutação foram detectados no norte de Jutlândia (oeste), onde se concentra a maioria dos criadouros.
O anúncio foi feito após a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciar na quarta-feira (4) o sacrifício de 17 milhões de visons do país.
O motivo é que foi identificada uma mutação do Sars-Cov-2 nestes animais, que acabaram infectando 12 pessoas. A ideia é interromper o ciclo de infecção desta mutação e garantir a segurança de uma futura vacina contra a doença.
Essa mutação foi identificada em cinco fazendas diferentes. Os 12 casos de transmissão em humanos do vírus que sofreu mutação foram detectados no norte de Jutlândia (oeste), onde se concentra a maioria dos criadouros.
"Os casos ocorreram entre pessoas com entre 7 e 79 anos, oito delas relacionadas com a indústria agrícola de vison e quatro da comunidade local"
, informou a OMS.
A mutação de um vírus é normal, e uma mutação não significa que se comportará de forma diferente, afirmam cientistas. Além disso, determinar as consequências concretas de uma mutação é complexo.
Mas no caso dessa cepa, chamada de "Cluster 5", isso implica, segundo os primeiros estudos, uma menor eficiência dos anticorpos humanos, o que ameaça o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.
Mutação em vírus
A mutação de um vírus é normal, e uma mutação não significa que se comportará de forma diferente, afirmam cientistas. Além disso, determinar as consequências concretas de uma mutação é complexo.
Mas no caso dessa cepa, chamada de "Cluster 5", isso implica, segundo os primeiros estudos, uma menor eficiência dos anticorpos humanos, o que ameaça o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.
"As observações iniciais sugerem que a apresentação clínica, a gravidade e a transmissão dos indivíduos infectados são semelhantes às de outros vírus circulantes do Sars-CoV-2"
, observou a OMS.
Os resultados preliminares, observou a OMS, indicam que esta variante associada ao vison, identificada tanto nos visons quanto nos 12 casos humanos, apresenta
Neste contexto, a OMS apelou à realização de novos estudos científicos e laboratoriais para verificar estes resultados e determinar quais as consequências para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas.
"No entanto, esta variante, denominada variante +cluster 5+, apresenta uma combinação de mutações ou alterações que não tinham sido observadas antes"
, acrescentou a agência especializada da ONU, destacando que...
"as implicações das alterações identificadas nesta variante ainda não são totalmente compreendidas".
Os resultados preliminares, observou a OMS, indicam que esta variante associada ao vison, identificada tanto nos visons quanto nos 12 casos humanos, apresenta
"sensibilidade moderadamente reduzida a anticorpos neutralizantes".
Neste contexto, a OMS apelou à realização de novos estudos científicos e laboratoriais para verificar estes resultados e determinar quais as consequências para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas.
"Embora se acredite que o vírus esteja ancestralmente ligado aos morcegos, a origem do vírus e o(s) hospedeiro(s) intermediário(s) do Sars-CoV-2 ainda não foram identificados"
, lembrou a OMS.
Origem do vírus
Uma missão internacional, composta por especialistas internacionais da OMS, da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas e da Organização Mundial para a Saúde Animal, foi criada em colaboração com Pequim para determinar a origem do vírus.
Em 30 de outubro, esses especialistas se encontraram pela primeira vez com seus colegas chineses, mas virtualmente.
Em 30 de outubro, esses especialistas se encontraram pela primeira vez com seus colegas chineses, mas virtualmente.
"Dada a escala e complexidade da pandemia de Covid-19, precisamos de um conjunto completo de investigações científicas na China e em outros lugares para encontrar o (s) hospedeiro (s) intermediário (s) e as origens do vírus"
, disse essa semana à AFP uma porta-voz da OMS, Farah Dakhlallah.