Stedile: “É preciso garantir já o direito do Lula ser candidato em 2018″ |
João Pedro Stedile, dirigente nacional do MST, defende que Lula seja imediatamente lançado candidato à Presidência do Brasil.
Em passagem por Porto Alegre para participar de evento promovido pelo deputado federal Deonilso Marcon, do PT/RS, João Pedro disse que a burguesia que perpetrou o golpe de Estado “precisa inviabilizar a volta de um projeto que seja comprometido com os trabalhadores. Faz parte do plano, portanto, a tentativa de impedir a candidatura Lula”.
João Pedro comentou para um público de cerca de 500 ativistas e militantes que “a burguesia deu um golpe para recuperar a taxa de lucro, voltar a acumular nas suas empresas e jogar todo o peso da crise sobre a classe trabalhadora”.
Segundo ele, os golpistas colocam em prática medidas para aumentar “a exploração dos trabalhadores e para se apropriar de dinheiro público através da PEC 55, do corte de investimentos sociais e dos bens da natureza, como o petróleo e a água”.
O líder do MST entende que “isso só se completa com a inviabilização da candidatura Lula em 2018, porque eles sabem que este plano neoliberal é contra os trabalhadores; é antipopular, e não vai tirar a economia da crise”.
Para Stedile, as forças populares têm desafios fundamentais: “precisa fazer lutas de massas, ir para a rua, defender seus direitos que agora estão ameaçados com a PEC 55, com as medidas da CLT, com a reforma da previdência, que é um assalto aos direitos consagrados dos trabalhadores”.
Para ele, “porém, só isso não basta. É preciso imediatamente garantir o direito do Lula ser candidato”.
Stedile entende que se deve lançar já a candidatura do Lula nas ruas, “para constranger a perseguição que estão fazendo a ele e para demonstrar para a república de Curitiba que eles não vão prender um ex-presidente, eles vão tentar prender um candidato a presidente”.
João Pedro defende, ainda, a realização de um amplo debate nacional para discutir um programa alternativo que supere tanto o neo-desenvolvimentismo como a política de conciliação dos anos Lula e Dilma que, na sua visão, não respondem aos desafios do futuro.