Morre aos 53 anos o cantor britânico e símbolo gay George Michael

CANTOR GEORGE MICHAEL
À emissora, a polícia de Goring, em Oxfordshire, afirmou que não há circunstâncias suspeitas. Serviços de emergência confirmaram que uma ambulância prestou atendimento no local.


   Morreu neste domingo (25), aos 53 anos, o cantor britânico George Michael, informou seu assessor de imprensa à BBC. Ele não deixa filhos.


À emissora, a polícia de Goring, em Oxfordshire, afirmou que não há circunstâncias suspeitas. Serviços de emergência confirmaram que uma ambulância prestou atendimento no local.










“É com grande tristeza que informo que nosso amado filho, irmão e amigo George morreu pacificamente em sua casa durante o Natal”, diz o comunicado.


Segundo seu empresário, Michael Lippman, à revista americana “The Hollywood Reporter”, ele sofreu uma insuficiência cardíaca.


Nas redes sociais, celebridades como Elton John e Ellen Degeneres lamentaram a morte do artista.





100 MILHÕES DE CÓPIAS


Nascido Georgios Kyriacos Panayiotou, filho de uma britânica e um imigrante cipriota grego, seu envolvimento com a música começou na adolescência, quando fazia bicos como DJ no interior da Inglaterra.


Ele foi alçado à fama nos anos 1980 como parte do Wham!, duo formado com Andrew Ridgeley, seu colega de escola. Em cinco anos, a dupla emplacou sucessos nas paradas, como “Wake Me Up Before You Go-Go”, “Careless Whisper” e “Everything She Wants”, até sua dissolução, em 1986.


Em 1987, George Michael se lançou como artista solo. Em mais de trinta anos de carreira, gravou sete discos, vendeu mais de 100 milhões de cópias e foi indicado a oito prêmios Grammy, vencendo em duas oportunidades —pelo dueto “I Knew You Were Waiting (For Me)” (1987), com Aretha Franklin, e por “Faith”, considerado o álbum do ano em 1989.


Um de seus grandes hits da carreira solo, “Freedom! ’90”, ficou bastante famoso também graças a seu videoclipe, lançado em 1990, que trazia as grandes modelos da época: Naomi Campbell, Cindy Crawford, Linda Evangelista, Tatjana Patitz e Christy Turlington. O vídeo, de aspecto sombrio, teve direção de David Fincher, que mais tarde dirigiria “Clube da Luta” e “A Rede Social”.


Em 2012, ele foi um dos escolhidos para se apresentar na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Londres, onde apresentou o single “White Light”.


No começo de dezembro, uma parceria entre o cantor e o produtor Naughty Boy para o que seria seu sexto álbum solo foi anunciada. George Michael também seria foco de um documentário para ser lançado em 2017. O filme tinha como título provisório “Freedom: George Michael”, seria narrado pelo próprio cantor e contaria com entrevistas com Mark Ronson, Tony Bennett e Liam Gallagher.










VÍCIO



Em 2006, o músico foi condenado por dirigir sob influência de entorpecentes e teve a carteira de motorista cassada. Em 2008, foi apreendido com crack.


Dois anos depois, esteve envolvido em um acidente de trânsito pelo qual foi condenado a oito semanas de prisão por dirigir sob os efeitos das drogas e posse de cannabis.


No final de 2011, o cantor ficou várias semanas internado em um hospital de Viena por conta de uma grave pneumonia que pôs em perigo sua vida e que lhe obrigou a suspender sua turnê mundial.


Em 2014, ele foi atendido por duas ambulâncias em sua mansão do norte de Londres depois que um amigo acionou os serviços de emergência por motivo não revelado.


No mesmo ano, após as repetidas detenções relacionadas a drogas, o cantor disse estar limpo há um ano e meio após ter decidido “mudar de vida”.






SÍMBOLO GAY



Hoje tido como um dos grandes símbolos gays, George Michael só passou a falar em público sobre sua orientação sexual depois de ser detido, em abril de 1998, por ter sido flagrado com outro homem num banheiro público de Beverly Hills. Segundo ele, foi um ato “inconscientemente deliberado” de sair do armário.


O episódio depois rendeu inspiração para uma canção sua, “Outside”, em que ele canta: “Let’s go outside/ In the sunshine” (vamos para fora, sob o sol). No videoclipe, policiais aparecem se beijando, em alusão ao agente disfarçado que o prendeu no banheiro público.


Em 1999, o músico disse à revista segmentada ao público LGBT “The Advocate” que, para ele, ser gay não era um problema moral e que só foi perceber o que era amor após se apaixonar por homens. Em entrevistas posteriores, afirmou que manteve sua orientação sexual em segredo por causa de sua mãe.


Um de seus relacionamentos foi com o estilista brasileiro Anselmo Feleppa, que ele conheceu durante o Rock in Rio de 1991 e que morreu dois anos depois, devido a complicações decorrentes da Aids. Ao ex-companheiro, dedicou a música “Jesus to a Child”.


Especulações a respeito de Michael eventualmente ser portador de HIV sempre vieram à tona. Numa entrevista a Stephen Fry em 2007, o cantor disse que não fazia exame havia três anos por medo de ter a doença, mas depois pediu para o trecho ser retirado do vídeo em respeito à família de Feleppa.













@ 26/12/2016 | FONTE |

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