Eliana não conseguiu realizar a cirurgia bariátrica a tempo e morreu na tarde de quinta-feira |
O presente de natal do filho de Eliana Amaral, de 35 anos, de conseguir a cirurgia bariátrica para a mãe, não foi possível ser realizado em tempo. A mãe de cinco filhos, que pesava 245 kg e tinha obesidade mórbida, morreu na tarde de quinta-feira (22) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, devido a complicações causadas pela obesidade.
Eliana lutava pela cirurgia há oito anos. Um dos seus filhos escreveu uma cartinha para os Correios e pediu de presente de Natal para o Papai Noel a cirurgia bariátrica para a mãe. O Acorda Cidade teve conhecimento do fato, estava em contato com a família para divulgar e buscar ajuda para Eliana, mas infelizmente não houve tempo. A família que sonhava com um Natal mais feliz e com a recuperação da saúde da dona de casa terá agora que conviver com a dor e saudade da sua perda.
O médico Reinaldo Ataíde se disponibilizou para fazer a cirurgia da dona de casa, sem cobrar a parte médica, mas Eliana necessitava de uma vaga de UTI e também de um kit médico para a realização do procedimento.
A morte dela comoveu a toda a família, além de amigos, vizinhos e a comunidade, que vinham torcendo para que ela conseguisse realizar a cirurgia bariátrica. Ela havia colocado um balão no estômago há dois anos para perder peso, conseguiu perder 40 kg, mas segundo familiares não conseguiu fazer a cirurgia porque o HGCA não liberou.
Eliana foi sepultada na tarde desta sexta-feira (23), no cemitério Jardim Celestial, sob clima de muita tristeza e comoção. O irmão dela, André do Rosário Fernandes, informou que frequentemente ela apresentava complicações e era internada no HGCA. A dona de casa já chegou a ficar internada um mês no hospital, tinha muitas dificuldades de locomoção e não trabalhava em decorrência das limitações provocadas pelo excesso de peso. Na tarde de quinta-feira, ela passou mal, foi encaminhada com a ajuda de vizinhos para UPA, mas não resistiu e morreu.
“Estamos muito tristes. Minha irmã vinha lutando há alguns anos para fazer essa cirurgia. O médico Reinaldo Ataíde se prontificou a fazer, mas o HGCA disse que não tinha suporte. Ela morreu por complicações da obesidade e não aguentava mais tanto sofrimento. Infelizmente ela não foi a primeira e nem será a última”, lamentou.