O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez na América Latina o que tentou fazer na Europa: dizer aos cidadãos preocupados para não tirarem conclusões negativas do homem que uma vez ele afirmou não ter condições de comandar a Casa Branca, o presidente eleito Donald Trump, segundo a Reuters.
Na última parada de uma turnê internacional de despedida que incluiu Grécia e Alemanha, Obama deu continuidade a seus esforços para acalmar o nervosismo desde que o republicano Trump venceu a democrata Hillary Clinton na corrida presidencial norte-americana.
"Minha principal mensagem a vocês e a mensagem que dei na Europa é que não suponham o pior", disse Obama a um grupo de jovens durante sessão de perguntas e respostas no Peru, no sábado.
"Esperem até que a administração esteja em andamento, até que esteja de fato montando suas políticas, e aí vocês podem fazer seus julgamentos sobre se são ou não consistentes com o interesse da comunidade internacional em viver em paz e prosperidade juntos."
Barack Obama está em Lima, na sua última viagem como presidente dos Estados Unidos para participar pela última vez da reunião de cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacifico (Apec).
Os governantes da região Ásia-Pacífico tentam salvar o Acordo de Comércio Transpacífico (TPP), que entrou em um período de incerteza com a eleição de Trump, que tem discurso protecionista.
Trump venceu a eleição depois de prometer construir um muro na fronteira dos EUA com o México, desfazer acordos comerciais e temporariamente proibir muçulmanos de entrarem nos EUA.