Bahia é segundo estado brasileiro em número de latrocínios, com 207 vítimas em 2015.
Em um ano, 207 pessoas morreram na Bahia em crimes de latrocínio, o roubo de morte. Os dados são de 2015 e foram publicados nesta sexta-feira (28) pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O número de latrocínios na Bahia é o segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas do estado de São Paulo (356). Com relação a 2014, houve um aumento de 4% no número de casos desse tipo na Bahia – no ano anterior, foram registrados 199 latrocínios no estado.
Já as lesões corporais seguidas de morte registraram queda de 0,8%, o que, em número absolutos, significa um caso a menos. Foram 125 lesões corporais seguidas de morte em 2014, contra 124 em 2015. Ainda assim, a Bahia foi o estado com o maior número de crimes do tipo, à frente de estados como o Rio Grande do Norte (99), Maranhão (67), Paraná (61) e São Paulo (45).
Os 207 latrocínios contabilizados na Bahia em 2015 representam 8,9% do total de 2.307 roubos seguidos de morte registrados em todo o Brasil no mesmo ano. A contribuição baiana para as lesões corporais seguidas de morte foi de 16,2% do total de 761 casos no país.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) questionou os números levantados pelo Anuário e ressaltou a necessidade de padronização da contagem de Crimes Violentos Letais Intencionais no Brasil "para que não sejam produzidos rankings distorcidos". "Comparar os estados nordestinos, inclusive a Bahia, que não utiliza a categoria 'mortes a esclarecer', com federações que utilizam essa nomenclatura é desigual", diz a pasta em nota.
A SSP-BA destacou, ainda, que as divergências de metodologia "induzem a um erro grosseiro, que expõe os estados transparentes na divulgação dos dados e protege àqueles que utilizam de subterfúgios que mascaram a realidade das grandes metrópoles". Segundo a SSP, há estados que contabilizam chacinas como um crime único, enquanto a Bahia considera cada morte um crime diferente. "A SSP-BA entende que enquanto não houver a padronização na metodologia utilizada na contagem, não há como fazer comparativos fieis à realidade", completa a pasta.